O jovem fotógrafo Denis Sitta registra o movimento do corpo de atletas para revelar um novo lado do skate e do parkour. “O projeto Circuito cria a atmosfera de um super-herói underground” conta o artista ao Portal NAMU. “O objetivo é dar o status de herói para os praticantes desses esportes sem fama”.
O atleta e instrutor de parkour Down nas fotos de Denis Sitta
Portal NAMU: Quais técnicas você usa para registrar o movimento?
Denis Sitta: Uso apenas um bom tripé e a câmera em longa exposição. A técnica de captação é a mesma que o light paiting: câmera parada e uma fonte de luz em movimento. A diferença está em não usar apenas um ponto de luz em movimento, mas sim o corpo todo.
Experimentar técnicas de fotografia e incentivar os esportes urbanos são os objetivos de Sitta
Você tem alguma relação com o mundo esportivo? Por que decidiu registrar esses movimentos?
Sempre fui ligado aos esportes urbanos, cresci com o skate no pé e quando descobri o parkour fiquei admirado com a movimentação e a dinâmica do esporte. Ninguém observa com muita atenção a complexidade dessas atividades por eles serem consideradas “marginais”.
O parkour é um esporte que utiliza apenas do corpo para criar manobras
“O skate já está ganhando mais atenção no Brasil, mas o parkour, que é um esporte relativamente novo e ainda um pouco marginalizado. Poucos percebem que ele necessita de um rigoroso treino para executar manobras e de uma sequências de posturas e técnicas para evitar que você se machuque. Então, o projeto tem justamente a intenção de mostrar a complexidade e a beleza por trás desses esportes.”
O projeto de infinitas possibilidades terá continuações, diz o artista
O cenário de São Paulo foi escolhido por alguma razão especial?
Sim. Eu não sou de São Paulo, mas aprendi a viver por aqui. Fico incomodado quando as pessoas, apesar de usufruírem da cidade, acabam criticando essa grande metrópole. Ela nos oferece muito. O projeto busca mostrar que São Paulo pode ser muito bonita, dependendo da forma como você a vê.
Além dos movimentos radicais, Sitta procura mostrar a fugacidade da capital paulista