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Medicina Integrativa

Simpósio discute combate ao câncer

O Hospital Israelita Albert Einstein realiza entre 4 a 6 de dezembro evento sobre medicina integrativa e oncologia
Bruno Torres
04/06/15

O câncer, uma das doenças mais devastadoras de nosso tempo, pode assumir uma enorme variedade de formas e atacar praticamente todos os tecidos do corpo humano. As características comuns desse mal são: crescimento descontrolado das células, invasão nos tecidos locais e propagação pelo corpo (metástase à distância).

Muitos especialistas e pesquisadores trabalham para encontrar novas formas de combater o câncer que, apesar de todos os esforços, cresce em escala mundial. Atualmente, a maior parte dos tratamentos para pessoas com essa doença é ainda bastante agressiva e, em alguns casos, pouco eficiente. A estimativa do Instituto Nacional de Câncer (Inca) é de que mais de 576 mil casos serão registrados no Brasil somente neste ano.

“Foram quase 70.000 casos de câncer de próstata no Brasil em 2014”, afirmou Noam Falbel Pondé, um dos médicos palestrantes. O especialista, que fez uma apresentação sobre onco-hematologia, afirmou que “a leucemia não é uma doença muito comum, apesar dos 5.000 casos registrados no mesmo período”. Segundo ele, a hematologia é capaz de “curar doenças completamente, inclusive aquelas em estados mais avançados”.

O oncologista Noam Falbel Pondé discursa em palestra do I Simpósio de Medicina Integrativa no Hospital Albert Einstein

Pesquisa e informação

Foi com a intenção de apresentar as melhores maneiras e os tratamentos mais promissores para lidar com a doença que o Hospital Israelita Albert Einstein promoveu, no dia 4 de dezembro, uma série de palestras sobre terapias integrativas em oncologia que fazem parte das atividades do I Simpósio Internacional de Medicina Integrativa.

“É uma doença muito complexa por isso é difícil ter clareza de resultados com tratamentos específicos. O principal objetivo da medicina hoje, mais do que curar, é controlar a doença e manter a qualidade de vida do paciente”, afirma Paulo de Tarso Lima, médico cirurgião e organizador do evento. Segundo ele, a oncologia caminha para uma análise mais profunda, precisa e efetiva, além de considerar a especificidade genética do câncer e a perspectiva do paciente. E a medicina integrativa tem muito a acrescentar nesta área.

Tratamentos

Existem vários tratamentos disponíveis atualmente para o combate ao câncer. Os mais comuns são a cirurgia, a radioterapia e a quimioterapia e seus objetivos variam conforme cada caso. “A cura nem sempre é possível, principalmente quando há metástase. Nesses casos, o objetivo é aumentar a sobrevida do paciente”, afirma a médica Michelle Samora. Ela explicou ainda que a escolha do tratamento depende do tipo e da extensão do tumor, do objetivo, do desempenho do paciente (se ele aguenta ou não a toxicidade do medicamento), da idade e outras doenças presentes (comorbidades). Na oncologia, quase nunca o tratamento se baseia em uma única técnica, mas sim na combinação delas. Já a palestrante Ludmilla Koch falou sobre oncogênese, processo no qual uma célula normal perde a capacidade de regeneração sobre o crescimento e a reprodução.

De maneira geral, os profissionais de saúde presentes no evento entendem que os tratamentos convencionais podem também ser muito agressivos para os pacientes em decorrência dos efeitos colaterais que costumam acarretar. “Todas as modalidades apresentam complicações e toxicidade”, afirma o médico e tambérm palestrante Donato Callegaro. Além dos conhecidos sintomas provocados pela quimioterapia, como náusea, vômitos e depressão, ele cita também que a radioterapia costuma provocar, além de fadiga, sintomas específicos locais. “A cirurgia também tem suas complicações. Não necessariamente secundários, mas alguns outros efeitos esperados, como inchaço das mãos em câncer de mama e impotência ou incontinência urinária em homens com câncer de próstata”, diz Callegaro.

Medicina integrativa

Apesar das inconveniências, esses tratamentos são necessários e podem salvar vidas. A pesquisa por medicamentos menos agressivos e mais eficientes é constante e possui importantes aliados: a medicina integrativa e as terapias complementares. “Nós aqui no Hospital Albert Einstein usamos a definição do IMConsortium, que a apresenta como uma maneira de fazer medicina, não uma especialidade. A relação entre médico e paciente é muito importante”, afirma Paulo de Tarso.

A presença da medicina integrativa na área de oncologia do Hospital Albert Einstein coloca a instituição na vanguarda da integração dos conhecimentos médicos para o combate ao câncer no Brasil. Para esse novo jeito de fazer medicina, o que mais interessa é o bem-estar do paciente e a boa prática médica. Portanto, não importa qual será a técnica ou a terapia adotada para cada indivíduo, o que se busca é a efetividade do tratamento. Por isso, no Einstein, a equipe é formada por médicos e outros profissionais da saúde com especializações em homeopatia, acupuntura ou meditação, por exemplo. “É a educação focada no autocuidado, na visão de que o organismo humano possui uma capacidade inata de se dirigir a um estado de bem-estar e de equilíbrio imunológico”, finaliza Paulo de Tarso.


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