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Disco Xepa, a festa contra o desperdício

Com música, cinema e comida "desperdiçada", festival realiza-se no Beco do Aprendiz, na Vila Madalena
Da redação
12/05/15

Por que existe a preocupação de uma crise alimentar alarmar o Brasil no futuro sendo que somos o quarto produtor mundial de alimentos? Apesar dos vários fatores que prejudicam uma agricultura plural no país, a quantidade que produzimos pode ser suficiente por muitos e muitos anos caso haja maior conscientização sobre o desperdício de nossa comida. Pensando nisso, um grupo de chefs ligado ao movimento Slow-food está organizando o festival Disco Xepa, um evento que envolve música, cinema e comida “desperdiçada” e que será realizado entre os dias 14 e 17 de maio no Beco do Aprendiz no bairro da Vila Madalena em São Paulo. A ideia é aumentar a conscientização para o consumo responsável de alimentos na cidade.

O que vai rolar

A programação do dia 14 ao 16 conta com a exibição documentários e curtas sobre alimentação nas escolas, subnutrição, agricultura familiar e consumo consciente. Após os filmes, haverá um debate sobre os temas.

No sábado, 17 de maio, as atividades acontecem o dia todo. O plano é coletar a xepa da feira que acontece aos sábados entre a Rua Morato Coelho e a Inácio Pereira da Rocha e levar até o Beco, ou seja, a Rua Belmiro Braga. Com esses alimentos, os chefs e cozinheiros presentes irão criar receitas enquanto interagem com o público presente e, posteriormente, será preparado um banquete. À noite, bandas, djs e artistas irão se apresentar para animar o jantar.

Para organizar o festival, os organizadores buscam colaboração financeira através da plataforma Kicante.

Por que eu devo ajudar o festival?

A situação do desperdício de alimentos é mais grave do que se imagina. No Brasil, 26,3 milhões toneladas de alimentos por ano têm o lixo como destino. Isso significa dizer que, por dia, desperdiçamos cerca 39 mil toneladas, quantidade suficiente para alimentar 19 milhões de brasileiros.

Aproximadamente, 64% do que se planta no Brasil é perdida ao longo da cadeia produtiva. Essa porcentagem se divide entre 20% na colheita, 8 % no transporte e armazenamento, 15% na indústria de processamento, 1 % no varejo e 20%no processamento culinário e hábitos alimentares.  

Contribuir e participar de uma ação como essa pode não ter impacto no contexto nacional, mas é sem dúvida um passo no caminho da transformação desse cenário.  

A revolução começa na cozinha

O festival escolheu essa data também por uma razão, dia 16 de maio é celebrado Food Revolution Day. Tudo começou enquanto o chef inglês Jamie Oliver comandava um reality show numa cidade norte-americana que tinha o pior índice de qualidade alimentar.

Durante as gravações, ele percebeu a necessidade de um movimento que propagasse a importância de se cozinhar boa comida desde o primeiro passo e reconhecer a melhora que isso traz para saúde e para felicidade. O movimento nos convida a desenvolver as habilidades culinárias necessárias para nos alimentarmos de forma simples, fresca, saborosa e saudável. A mensagem é repensar o que se come.

Desde então, 16 de maio foi instituído pelo chef Jamie como um dia para que todos que aderiram a causa possam realizar atividades locais de celebração e conscientização. O Food Revolution já tem adeptos em 74 países e conta com mais de 900 embaixadores que ajudam a divulgar a causa. 

Foto: Divulgação


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