Se você gosta de assistir a espetáculos musicais, ir ao museu, teatros ou participar de outras atividades culturais, temos uma boa notícia. De acordo com um estudo norueguês, essas atividades contribuem para nosso bem-estar e
felicidade. Quer saber como? Então confira os resultados da pesquisa a seguir!
O que diz o estudo
A participação da população em atividades culturais tem sido alvo das políticas governamentais da maioria das nações. Além disso, o tema também tem sido considerado terapia médica, já que há indícios de que tais atividades melhorem a saúde.
Com base nesse pressuposto, um
estudo avaliou dados de mais de 50 mil pessoas na Noruega. Inclusive, ele constatou que participar de atividades culturais ou apreciá-las pode deixar um indivíduo mais satisfeito com a vida, além de diminuir os níveis de
ansiedade e depressão.
O estudo considerou como participação passiva nessas atividades frequentar cinemas, museus, concertos, galerias de arte, teatros, eventos esportivos e até mesmo igrejas. Já na categoria participação ativa foram consideradas a prática de
exercícios físicos, esportes, música e danças. Também foi analisada a participação em reuniões de associações.
Efeitos das atividades culturais para a saúde
Os efeitos foram percebidos em ambos os gêneros. Porém, a pesquisa documentou que os homens se sentem mais satisfeitos quando participam de atividades culturais receptivas, que apenas apreciam a arte, do que quando estão envolvidos com
atividades criativas.
Também se verificou que os entrevistados do sexo masculino se consideram mais saudáveis quando praticam
exercícios físicos, atividades ao ar livre ou trabalhos voluntários.
Já as mulheres, declararam-se mais satisfeitas quando frequentavam igrejas ou eventos esportivos. Aquelas que se interessavam por esportes também afirmaram se sentir mais saudáveis.
A análise ainda constatou que, para ambos os sexos, quanto maior o número de atividades culturais com as quais as pessoas estavam envolvidas, mais elas se consideravam felizes.
Em números
Em relação à saúde, os maiores benefícios observados no estudo foram para os participantes do sexo masculino. Aqueles que participavam de atividades culturais tiveram 9% de probabilidade de desfrutarem de boa saúde. Quanto às mulheres, apenas 3% se mostraram mais saudáveis.
Já com relação aos níveis de satisfação com a vida, houve um empate entre ambos os gêneros. Nesse caso, tanto homens quanto mulheres que frequentavam atividades culturais se mostraram 14% mais satisfeitos e felizes com a vida.
Além disso, 13% dos participantes do estudo que estavam engajados com alguma atividade artística tiveram menos possibilidade de sofrerem de ansiedade e
depressão.
Segundo Koenraad Cuypers, pesquisador da Universidade de Ciência e Tecnologia da Noruega e autor do estudo, tal ligação se explica porque essas atividades exercem algum benefício no cérebro, na mente e no sistema imunológico. Já para outros cientistas, tais benefícios são obtidos com a redução do estresse e pelo simples fato de que essas pessoas saem mais de casa.
Cabe ainda ressaltar que os resultados do estudo não sofreram alterações com a influência de alguns fatores. Ou seja, eles foram os mesmos independentemente de idade, tabagismo, consumo de bebidas alcoólicas, doenças crônicas, situação socioeconômica e peso do participante.
Embora a ligação entre a prática de atividades culturais e a saúde ainda seja desconhecida, o fato é que ela aumenta consideravelmente os nossos níveis de satisfação com a vida, saúde e bem-estar. Portanto, deve ser considerada pelas pessoas. Sair da zona de conforto e tornar-se mais ativo é o primeiro passo.
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Se você acha caro ser expectador de atividades culturais, torne-se então um praticante de atividades físicas. Como pontuamos anteriormente, segundo o estudo feito na Noruega, elas também melhoram a saúde e proporcionam bem-estar.
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Referências:
CUYPERS, Koenraad; KROKSTAD, Steinar; HOLMEN, Turid Lingaas; KNUDTSEN, Marguun Skiei; BYGREN, Lars Oloy; HOLMEN, Jostein. Patterns of receptive and creative cultural activities and their association with perceived health, anxiety, depression and satisfaction with life among adults: the HUNT study, Norway. Journal of Epidemiol Community Health. Disponível em: <https://jech.bmj.com/content/early/2011/05/04/jech.2010.113571.abstract> Acesso: 20 de fev de 2014.