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Fenomenologia

O que é

A fenomenologia surge na filosofia como ciência sobre a experiência que a consciência tem do mundo, a relação entre a consciência do saber humano e o mundo exterior a ela. Portanto, seu principal objetivo é investigar e descrever os fenômenos enquanto experiência consciente. Isso deve se dar de forma desvinculada de teorias sobre as explicações causais e o mais distante possível de preconceitos e pressuposições. Seu intuito é desnudar “o mistério do mundo e o mistério da razão”, como afirmou Merleau-Ponty, no prefácio da Fenomenologia da Percepção.
A tradição fenomenológica busca estudar as estruturas da consciência do ponto de vista da primeira pessoa. Ela tenta, portanto, desvendar quais são os limites do conhecimento sobre o fenômeno. É um estudo sistemático das figuras fenomenais, daquilo que pode ser percebido. É um tipo de análise que pretende compreender melhor as estruturas centrais da experiência e da intencionalidade humana, explicando como a mente direciona o pensamento a determinados objetos ou à realidade.
Como ciência dos fenômenos puros, cabe à fenomenologia o mundo que é percebido pela experiência imediata. Isso quer dizer que a consciência não é passiva. Ela não compreende a existência das coisas como algo pronto e acabado, mas participando da existência desses objetos.
Para os fenomenólogos, só existe objeto se existe também um sujeito para percebê-lo. Por exemplo, se uma árvore cai em um bosque e não há testemunhas desse fato, então é como se ela nunca tivesse existido.
A fenomenologia é uma filosofia que nasceu na Alemanha, ganhou ecos na França e posteriormente se espalhou. Para a fenomenologia, a redução eidética é um método no qual o filósofo é capaz de ir da consciência individual e concreta das coisas para o âmbito das essências, onde é possível atingir a intuição do “eidos”, termo grego que significa “forma”. Portanto, essa técnica permite acessar as estrutura mais fundamental e invariável das coisas, ao livrar-se de tudo aquilo que é contingencial e acidental. Para a fenomenologia, a redução eidética é um método no qual o filósofo é capaz de ir da consciência individual e concreta das coisas para o âmbito das essências, onde é possível atingir a intuição do “eidos”, termo grego que significa “forma”. Portanto, essa técnica permite acessar a estrutura mais fundamental e invariável das coisas, ao livrar-se de tudo aquilo que é contingencial e acidental. Seu alcance abrange uma investigação das estruturas e de vários tipos de experiência: a percepção, o pensamento, a imaginação, a memória, as emoções e a atividade da linguagem.

Origem do nome

Neologismo tardio, de origem filosófica – Phänomenologie [fenomenologia], e empregado primeiro por Lambert, em 1764. A palavra pode ser desmembrada em duas partes: Fenômeno, isto é, aquilo que aparece para a consciência. O sufixo -logia, que caracteriza uma ciência ou uma investigação. Nesse caso, trata-se do estudo e da compreensão dos fenômenos.

Criação

A fenomenologia se formou a partir de um novo olhar sobre os fenômenos, os quais não passaram a não ser mais vistos como meros entes materiais.

Nela, eles se apresentam divididos entre aparência e existência. A fenomenologia busca o retorno à coisa mesma, porque a existência de algo não está separada da forma da sua percepção.

A dialética entre sujeito e objeto é fundamental para se compreender a união entre o lado objetivo e o lado subjetivo das coisas.

A consciência interfere e modifica o que intui e percebe, enquanto aquilo que é percebido atua e influencia o trabalho da consciência. Sujeito e objeto operam juntos, como uma oposição que gera uma síntese. Essa constatação posteriormente acabou permitindo o surgimento da fenomenologia.

A ideia de movimento traz uma nova luz sobre a ideia de fenômeno. Ela permite uma indagação profunda sobre a experiência e a existência das coisas.

A fenomenologia é capaz de trazer fortes indagações sobre a visão natural do mundo, o senso comum, a proposição científica baseada apenas em seu método e até mesmo contestar a experiência psicológica que trata a consciência como um objeto estático.

O dinamismo da análise fenomenológica é um caminho aberto ao exercício da liberdade. A consciência humana, ao lidar com uma nova forma de compreender a sua percepção do mundo, cria novas formas de organização social e reinventa a experiência política. A construção de novos valores modifica a realidade, como um espelho da interioridade.

Histórico

Pré-história:

A fenomenologia se tornou conhecida no mundo ocidental com os trabalhos de Edmund Husserl, no entanto, quando pensadores hindus ou budistas escreveram ou falaram sobre diferentes estados de consciência, isso também pode ser visto como uma prática fenomenológica.

Da mesma forma, quando Descartes, Hume ou Kant tentaram identificar os estados de percepção, ou nossa capacidade de pensar ou de imaginar, eles também estavam praticando fenomenologia. Portanto, podemos afirmar que a fenomenologia surgiu como escola com Husserl, mas também que ela já existia como prática há muito tempo.

Primórdios:

É possível encontrar ideias que acabariam se tornando parte da fenomenologia em pensadores que, de certa forma, precederam seu surgimento. Há, portanto, noções fenomenológicas nos trabalhos de Henri Bergson (1859-1941), Franz Brentano (1838-1917), Wilhelm Dilthey (1833-1911) e William James (1842-1910). Porém, o primeiro filósofo a tratar do assunto sob esse título foi Edmund Husserl (1859-1938), durante a década de 1890, na Alemanha.

Virada do século 19 para o século 20: A fenomenologia surgiu no contexto de revoluções sociais e de crise ideológica. O mundo começava a se tornar globalizado e competitivo, fruto das revoluções industriais.

Há um posicionamento político na Europa: correntes socialistas atacavam o capitalismo, enquanto a visão liberal procurava afirmar que a sociedade devia ser construída pela racionalidade econômica e científica.

De seu surgimento na Alemanha, a fenomenologia se espalhou, em um primeiro momento, por Japão, Rússia e Espanha e também pelas áreas de psicologia e psiquiatria. Corrida imperialista e Primeira Guerra Mundial: Esse período é marcado pela disputa de territórios entre as potências europeias. Houve uma política de expansão e de domínio territorial e econômico de uma nação sobre outras.

A exigência de industrialização, a busca por matérias-primas, a corrida armamentista e o aumento na velocidade dos transportes levaram a uma atividade de pesquisa intensa. Os países europeus, com os territórios recém-definidos, buscavam o crescimento de suas economias.

É nesse contexto que aparece o movimento fenomenológico, um resultado direto de uma tradição filosófica iniciada nas primeiras décadas do século 20 por intelectuais como Edmund Husserl, Martin Heidegger e Maurice Merleau-Ponty, entre outros.

Esses pensadores tinham em comum a noção de que a fenomenologia poderia ser considerada e utilizada como fundação de toda filosofia. Nesse momento, a escola já estava presente em áreas como educação, música, religião, arquitetura, teatro e literatura.

Momento de afirmação das ciências e da psicologia:

O cientificismo ganhou destaque, tornando-se o braço direito do modelo liberal do início do século 20. A visão de que a ciência seria a chave do progresso social casava diretamente com os interesses de produção industrial. As sociedades ocidentais, agora industrializadas e massificadas, também se voltaram para as pesquisas na área de psicologia.

As crises sociais e econômicas refletiam-se no indivíduo, que passou a demandar novos tratamentos psiquiátricos. Ao mesmo tempo, no entanto, a fenomenologia ganhava espaço até mesmo em áreas como estudos étnicos, feminismo, cinema e teoria política.

Depois da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), sua ampliação se deu em outros campos do conhecimento, como: dança, geografia e direito. De certa forma, enquanto a sociedade industrial ganhava força, a fenomenologia busca uma volta aos fenômenos, ou seja, pretendia fazer uma descrição cada vez mais minuciosa das estruturas gerais da percepção, sem enquadrar essa mesma descrição em modelos teóricos já existentes.

Enquanto a ciência mais positivista buscava desvendar e controlar a experiência humana, a fenomenologia pretendia alcançar uma descrição isenta dessa mesma experiência. A compreensão da natureza: O cenário de incertezas não foi apenas econômico, político e social.

Também havia um espaço em disputa no domínio teórico: estava em voga o discurso objetivo das ciências e o discurso das ciências subjetivas. Assim como a psicologia experimental, surgiu também a fenomenologia, com outra leitura sobre o mundo empírico. Nas décadas de 1960 e 1970, a ecologia sofre enorme influência do pensamento fenomenológico.

Atualidade

Atualmente, podemos afirmar que não há apenas uma fenomenologia, mas várias. Muita vez, é difícil encontrar um denominador comum entre elas. A fenomenologia estuda a estrutura de vários tipos de experiência.

Entre elas estão a percepção, o pensamento, a memória, a imaginação, os desejos, as atividades sociais etc. A fenomenologia está presente hoje em alguns ramos do conhecimento e práticas clínicas: na filosofia, em estudos sobre epistemologia e política, como forma de investigação dos fenômenos; também nas diversas áreas da psicopatologia; na gestalt-teoria; e nas ciências humanas, como nova forma de abordagem dos fenômenos sociais.

Algumas correntes da prática clínica buscam na fenomenologia uma nova compreensão do meio ambiente e da ecologia. É uma simbiose que procura unir epistemologia filosófica e metodologia das ciências biológicas.

Novas formas de educação e organização social: embora minoritária, há setores teóricos que procuram estabelecer uma crítica à metodologia da educação produtivista. Procura pensar uma nova relação entre o conhecimento e o meio social, como alternativa ao modelo institucional massificado e estatístico.

Fundamentos

Fenômeno Na filosofia, o fenômeno é qualquer objeto, fato ou acontecimento observado ou percebido. De maneira geral, os fenômenos são objetos dos sentidos. Para os filósofos modernos, o termo “fenômeno” significa, muita vez, aquilo que é imediatamente apreendido pelos sentidos, antes que qualquer julgamento possa ser feito.

Em sua obra Investigações Lógicas, Husserl afirma que o fenômeno é o “o objeto intuído (aparente), como o que nos aparece aqui e agora”. No entanto, a palavra “fenômeno” nunca foi utilizada como um termo técnico pelos filósofos contemporâneos. Em português, os tradutores de Immanuel Kant, por exemplo, usaram a palavra “fenômeno” para se referir a “Erscheinung”, que também pode significar “aparência”.

Para Kant, fenômeno se opõe a númeno, o qual significa “a coisa em si”, isto é, a realidade tal como ela existe em si mesma, independente da perspectiva necessariamente subjetiva e parcial que atravessa todo conhecimento humano.

Redução eidética Segundo Husserl, a redução eidética busca produzir um conjunto de conhecimentos filosóficos relativos à forma ou à essência dos objetos. Portanto, ela não se confunde com a dimensão estritamente empírica ou factual das coisas, a qual é estudada pelas ciências em geral.

Para a fenomenologia, a redução eidética é um método no qual o filósofo é capaz de ir da consciência individual e concreta das coisas para o âmbito das essências, onde é possível atingir a intuição do “eidos”, termo grego que significa “forma”.

Portanto, essa técnica permite acessar as estruturas mais fundamentais e invariáveis das coisas, ou seja, sua essência. Ao mesmo tempo, ela ajuda o filósofo a livrar-se de tudo aquilo que é contingencial e acidental.

O “eidos”, nesse sentido, pode ser considerado a estrutura ou o princípio necessário das coisas. Ele estaria separado de tudo que é contingente e acidental. A redução eidética, portanto, é uma redução à essência das coisas.

Para Husserl, todos os fatos que formam a realidade possuem estruturas eidéticas essenciais. Transcendente Tanto para a fenomenologia quanto para o existencialismo, o transcendente significa a percepção mediatizada dos objetos e da realidade. Ele existe em oposição àquilo que a consciência é capaz de perceber imediatamente em si mesma.

Outro olhar sobre a realidade A fenomenologia inverte a relação tradicional: não há uma estrutura de categorias que trata do fenômeno. Trata-se do contrário: é o fenômeno que modifica o caráter dessa estrutura de percepção da consciência humana.

O sujeito e o fenômeno Aqui há uma relação de mão dupla: o objetivo e o subjetivo atuam em conjunto. O sujeito atua no modo como ele apreende o fenômeno, enquanto este também tem uma função ativa no modo como o indivíduo pode compreendê-lo.

O fenômeno e o problema do ser A fenomenologia interroga a própria definição do “ser”, que não é meramente o sujeito ou o objeto. O “ser”, aquilo que “é”, tem de ser buscado nessa relação entre sujeito e objeto.

O problema da linguagem

Na relação entre sujeito e objeto, a linguagem procura lidar com o problema da intenção. Nas variadas visões sobre o objeto — que são as variações eidéticas —, a linguagem é a doadora de sentido e de significação. É na linguagem que se revela como o objeto excede a tentativa de sua apreensão total pela consciência.

Ao mesmo tempo, é também a linguagem que expressa como o objeto é resultado da atividade do sujeito em relação ao objeto. Hermenêutica: estudo dos processos de interpretação de expressões linguísticas e não linguísticas. Refere-se também à arte da análise de algo dentro de um determinado contexto, ou seja, promove leituras histórico-críticas, existenciais e estruturais dos objetos de estudo.

Atualmente, a hermenêutica não se reduz apenas à comunicação simbólica. Além disso, busca interpretar a vida e a existência em si. É, dessa forma, uma maneira de interrogar as interações humanas em suas instâncias mais profundas.

Na prática

Encontramos diferentes modos de aplicações práticas da filosofia fenomenológica, sobretudo na psicologia.

A mais importante delas é a prática clínica. Muitas correntes da psicologia atuam por um tratamento pela via fenomenológica.

A ideia principal é lidar com os problemas e as angústias do paciente através de uma reconstrução fenomenológica.

A experiência interna da doença é o fator que tornaria possível experimentar a cura. Também chamada de gestalt-terapia, isto é, não é a do terapeuta que procura o outro, mas a de quem deixa que o outro apareça.

Alguns nomes que atuam nessa linha são: Ludwig Biswanger (1881-1996), o primeiro psicólogo a adotar esse tipo de prática. No âmbito do estudo das psicopatologias clínicas como alívio das dores da existência figura o nome de Henri Maldiney (nascido em 1912). E nas práticas da redução fenomenológica podemos citar Alfonso Caycedo (nascido em 1932), o qual desenvolveu uma série de estudos sobre hipnose e a experiência do corpo. Essas linhas de atuação estão presentes até hoje, muita vez mescladas em outras influências.

Principais nomes

Edmund Husserl (1859-1938)

É o grande expoente e fundador da fenomenologia. Suas principais obras foram Investigações lógicas(1900-1901), Ideia para uma fenomenologia pura (1913) e Lógica formal e transcendental (1929).

As investigações de Husserl procuram recuperar um sentido original daquilo que os gregos nomearam como fenômeno [phainomenon], ou seja, como aquilo que se mostra.

Nessa busca por um sentido original do fenômeno, ele foi levado a retirar a ambiguidade que esse conceito comporta, como se não houvesse nele uma “aparência” e um “atrás”.

Para Husserl, o fenômeno é o ser verdadeiro. Portanto, segundo ele, há uma só verdade e ela é fenomenal.

A essência das coisas aparecem à consciência a partir de uma intuição, porque a intenção da consciência humana é a mesma da percepção do objeto. Ele acredita que a fenomenologia seria a autêntica filosofia. Capaz de tornar clara as essências e os domínios da experiência. Portanto, para Husserl, a fenomenologia é o estudo da estrutura daquilo que experienciamos a partir de nossas percepções.

Husserl compreende a fenomenologia como algo original, como “o retorno às coisas mesmas”. Para tanto, procura se afastar do sentido tradicional e metafísico da ideia de fenomenologia. Ao se distanciar da compreensão de fenômeno hegeliana, Husserl pretende retirar o conteúdo teológico e racional da Fenomenologia do espírito (1807).

Num primeiro momento de sua filosofia, sobretudo nas Investigações lógicas, a distinção entre noese (o visado) e noema (o modo de aparição) é a chave através da qual ele visita a filosofia antiga e ao mesmo tempo pode explicar as estruturas essenciais, comuns aos dados empíricos e apreendidas a priori.

No domínio lógico, essas estruturas formariam uma gramática pura, como uma ontologia sobre as diferentes formas dos fenômenos no mundo objetivo. Numa fase posterior, Husserl se volta para o problema da consciência transcendental, isto é, sobre como a visão do objeto comporta uma intenção inata. É nesse momento que ele pode pensar um sentido constitutivo da consciência e o modo como ela também constitui o campo dos fenômenos.

Maurice Merleau-Ponty (1908-1961)

Filósofo francês que recebeu influência direta de Husserl. Na sua principal obra, a Fenomenologia da percepção (1945), encontramos uma investigação da relação entre a subjetividade e o corpo.

A auto percepção da consciência é o momento em que a existência aparece encarnada, no corpo, como um conjunto de significações vazias, e não como uma realidade material determinada. O corpo é o terreno comum da física e da psique.

Ele exprime uma maneira própria de se projetar no mundo. Merleau-Ponty, ao unir o problema da gênese da psicologia à estrutura do comportamento humano, passa a falar na experiência do “corpo próprio”, e não mais em um “corpo material”.

Para ele, a experiência afetiva dos homens no mundo representa um conhecimento tão verdadeiro quanto o científico. Teoria da percepção de Marleau-Ponty é um esforço para tornar mais objetivo esse campo da filosofia.

Para o francês, a percepção de si, que depende da percepção de outro exterior, contém o traço do pensamento dialético que Merleau-Ponty adota e leva a novas consequências.

A fenomenologia e a percepção operam também por esta reunificação dos opostos, como movimento dialético dos contrários. E nesse sentido, assim como em Hegel e Marx, encontramos em seu pensamento uma reflexão sobre a história e a política. São nelas que encontramos as chaves para os problemas do sentido e da significação dos fenômenos sociais nos quais o homem vive.

Jan Patočka (1907-1977)

Filósofo tcheco, Patočka foi um dos principais intelectuais da Europa Oriental. É considerado um dos mais importantes representantes da fenomenologia. Foi aluno de Husserl e Heidegger, na Universidade de Friburgo, na Suíça. Sua filosofia é dissidente da de seus professores.

O método clássico da análise intencional husserliana é deixado de lado, como algo subjetivista, quando Patočka passa a desenvolver o que nomeia como “fenomenologia asubjetiva”. É nela que o autor se volta para o mundo diretamente experimentado pela subjetividade da vida diária.

Nessa fenomenologia, a dialética do homem é tida no movimento do exterior ao interior: o homem, em seu ambiente, interage com o seu meio, objetivando a suas atividades no mundo exterior. Nesse processo, há por fim uma retomada, em que a realidade, pela linguagem, é interiorizada no homem, que toma consciência de si e do mundo.

Para Patočka, o sujeito é um resultado de uma união inescapável dele com o mundo. Segundo ele, a realidade e o eu são uma coisa só, uma unidade. O filósofo tcheco dizia que o “mundo é essencialmente um reflexo” do eu.

O pensamento de Patočka também é marcado pelo engajamento político, na procura pelo sentido da história na existência humana comum. A liberdade é o conceito principal, em que a transcendência da compreensão do homem está em ultrapassar a ideia das regras sociais como naturalização ideológica.

A interação política entre os seres humanos é tida em três formas diferentes: a aceitação, que seria os meios de inserção do homem no mundo; a defesa, na sua luta cotidiana pela permanência no mundo; e a transcendência, quando o homem passa a um estágio avançado de compreensão da matéria e de si mesmo.

Uma de suas obras principais é Platão e Europa (1973).

Martin Heidegger (1889-1976)

O problema da fenomenologia está presente na obra de Heidegger na questão do ser e do fenômeno.

A crítica à fenomenologia de Edmund Husserl diz respeito sobretudo ao modo como este compreende a ideia de “presença”. Ser e tempo (1927) trabalha com o problema do fenômeno na relação entre o ente, existente no tempo e no espaço, e o problema fundamental do ser.

A fenomenologia é o retorno à ontologia, em que o homem, como o ser existente, o “ser-aí”, o Dasein, é a presença no mundo capaz de questionar o ser e a sua compreensão sobre ele.

A fenomenologia é uma a hermenêutica, pois atua como tentativa de determinar o sentido do ente em geral. Também é analítica existencial, em razão de buscar demonstrar a estrutura fundamental do Dasein como ser-no-mundo e projeção da liberdade do homem.

A fenomenologia hermenêutica lida com o espaço da finitude, que seria um espaço vazio, e por isso capaz de conter e de buscar qualquer projeção dessa liberdade. Esse polêmico filósofo alemão ficou conhecido por seu importantíssimo trabalho na área de ontologia e por sua ligação com o nazismo.

No campo da ontologia, ele foi capaz de aprofundar as questões e os estudos relacionados à existência e ao ser (Dasein). Ele mesmo se autodenominava “o filósofo do ser” e dizia que seu livro mais famoso Ser e Tempo buscava criar bases para a geração de uma nova ontologia. Já na política, Heidegger foi muito controverso, principalmente depois de ter aderido oficialmente ao nazismo, liderado por Hitler.

O filósofo foi um fervoroso defensor do nacional-socialismo hitlerista. Paradoxalmente, Heidegger manteve um relacionamento com a filósofa judia Hannah Arendt (1906-1975), a qual se tornou mundialmente conhecida por seus trabalhos e críticas aos regimes totalitários.

Outras visões

Oposição ao Positivismo: A fenomenologia é uma oposição direta ao pensamento anglo-saxão da virada do século 19 para o século 20.

O foco é o positivismo científico, com o seu ideal da ciência e da experiência como conhecimento lógico e de que os objetos existem de forma independente e naturalizada pela percepção do sujeito.

Crítica ao Naturalismo: esse produto do positivismo, em sua concepção sobre o espírito e sua produção das coisas (a cultura, os valores e a ciência), é alvo da fenomenologia, a qual ataca diretamente a ideia da identificação do que é “natural” como algo estático e cristalizado.

A ciência e sua visão naturalista do mundo objetivo seria ideológica e não permitiria uma emancipação do indivíduo como sujeito ativo.

O estatuto das ciências: a fenomenologia contrapõe o seu método crítico e dialético ao discurso da certeza intuitiva e discursiva das ciências empíricas. Enquanto as ciências procuram se afirmar cada vez mais pelos seus próprios métodos de comprovação da verdade, o fenomenólogo exerce a dúvida, pois apoia-se nas verdades da consciência como apenas um momento da investigação do espírito e da natureza. A fenomenologia põe em questão o próprio fazer científico.

Ramificações

A fenomenologia tende a se especificar em linhas de pesquisa, em geral encabeçadas por um grande autor. Entre elas, destacam-se:

Fenomenologia transcendental: estuda como os objetos são constituídos na nossa consciência, colocando de lado toda e qualquer questão ligada ao mundo natural ao nosso redor. Ela pode ser considerada a ciência da essência do conhecimento. É uma gnosiologia, ou seja, é uma teoria geral do conhecimento humano, totalmente voltada para uma reflexão em torno da origem, da natureza e dos limites dos atos cognitivos.

Seu objetivo é apontar todas as subjetividades e distorções.

Fenomenologia naturalizada: estuda como a consciência constitui ou retira as coisas da realidade. Ao mesmo tempo, essa escola entende que a consciência é parte da natureza.

O método fenomenológico criado por Husserl pretendia fundamentalmente compreender a relação entre o sujeito e o mundo, portanto, buscava esclarecer como a essência dos fenômenos surge na consciência.

Para Husserl, tais fenômenos poder ser produtos com origem na nossa imaginação ou no mundo natural. Essa escola é uma espécie de resposta à leitura e ao estudo objetivista da realidade, da consciência e da natureza.

Fenomenologia existencial: escola que procura combinar o método fenomenológico e o sujeito dentro de sua realidade existencial. Assim, o existencialismo é a base onde a prática fenomenológica se dá. Portanto, os seres humanos, nesse caso, são a fundação das relações da consciência com a realidade empírica.

A fenomenologia existencial é uma resposta tanto ao idealismo quanto ao positivismo. Sua área de estudo é experiência humana de livre escolha ou ação em situações concretas.

Fenomenologia generativa: estuda como os significados são resultados de processos históricos e podem ser encontrados em nossa experiência.

Fenomenologia genética: essa área postula a questão da origem do juízo predicativo dentro de um contexto maior. Ela estuda a gênese dos significados das coisas no âmbito da experiência individual.

Fenomenologia dinâmica, ou fenomenologia do mundo natural – Jan Patočka:

Voltada para o estudo da Europa, a tradição grega platônica e o movimento existencial da “subjetividade”.

Fenomenologia do Diálogo – Hans-Georg Gadamer: uma problematização da comunicação da modernidade, com remissão aos diálogos platônicos. Gadamer é uma figura muito importante no desenvolvimento da hermenêutica no século 20.

Ele foi capaz de fazer uma abordagem baseada em textos platônicos, aristotélicos e heideggerianos das questões filosóficas contemporâneas. Seu pensamento rejeita o relativismo e o subjetivismo. Esse filósofo alemão ajudou ainda a desenvolver e ampliar uma espécie de revisão da história da filosofia em si.

Seus textos tem profunda relação com a literatura, a poesia e as artes. Além disso, Gadamer produziu trabalhos voltados para uma filosofia prática, que discute questões políticas e éticas atuais.

Fenomenologia da Vontade – Paul Ricoeur:

Investigação fenomenológica no domínio das ações, isto é, como a vontade se projeta na sensibilidade e na produção do conhecimento humano.

Ecofenomenologia – Erazim Kohák:

Resultado do trabalho pioneiro, entrelaçando os campos do pensamento ambiental e da fenomenologia da natureza, pretendendo uma nova moral.

A ecofenomenologia busca uma relação melhor e mais completa entre indivíduo e o mundo ao seu redor. Baseia-se em uma visão diferente daquela que, muita vez, coloca o ser humano como algo descolado e até mesmo oposto à natureza.

Ela busca relações de maior profundidade entre seres humanos e os ecossistemas.

Fenomenologia hermenêutica: tem como objeto de estudo as estruturas interpretativas da experiência. Procura mostrar como nós somos capazes de entender a realidade ao nosso redor. Essa área da fenomenologia é baseada em método de pesquisa feito a partir de pesquisas quantitativas.

Fenomenologia realista: estuda a estrutura da consciência e da intencionalidade, além de enfatizar a pesquisa por essências universais das mais variadas coisas, inclusive das ações humanas. Para essa área da fenomenologia, tudo o que ocorre no mundo real é majoritariamente externo à consciência. Tais fenômenos não são tornados “reais” pela consciência. Foi com essa área que o pensador Adolf Reinach levou a fenomenologia para universo da filosofia do direito.

Principais obras

Novo Organon (1764) – Johann Lambert

É uma obra destinada ao debate entre racionalismo e empirismo no século xv111. Aborda o problema da aparência crítica em geral, detendo-se não apenas nos critérios de aparência sensível, mas também nos critérios da aparência intelectual e moral, com especial atenção para o campo de probabilidade.

A verdade aparente é o cerne da fenomenologia, também definido como uma perspectiva ótica ou transcendente. A questão central consiste na passagem da aparência ilusória, ocultando o ser real.

Fenomenologia do Espírito (1807) – Georg Wilhelm Hegel

O pensamento de Hegel procura articular uma concepção de razão que oponha ao dualismo entre pensamento e realidade. E na Fenomenologia do Espírito é uma “ciência da experiência consciente” que procura na racionalidade a enunciação de suas condições de possibilidade, e a própria condição subjetiva de sua constituição.

Trata-se de uma dialética moderna, capaz de tratar dos temas da história e da experiência da consciência como sistema filosófica, o chamado “Espírito Absoluto”, ou o caminho do conceito.

Investigações Lógicas (1900-1901) – Edmund Husserl

O esforço central desta obra de difícil leitura é obter uma explicação filosófica da matemática pura.

Trata-se de um conjunto de ensaios que constituem uma nova fundamentação da lógica pura e do conhecimento teórico. Formada de Prolegômenos e duas primeiras investigações sobre o problema da significação e o problema do conhecimento abstrato na metafísica ocidental.

No segundo volume há outras quatro investigações. A saber: sobre a teoria dos opostos, a questão da gramática pura, o problema da intencionalidade, e, por fim, o problema geral do conhecimento.

Ser e Tempo (1927) – Martin Heidegger

O problema do sentido da “pre-sença” ontológica abriu o problema da questão do ser e do ente para pensar o homem como o ser existente, o “ser-aí”, o Dasein, diferente das outras coisas do mundo. Nesse processo, Heidegger passa por uma dissolução do sentido de sujeito e objeto, aproximando-se da perspectiva fenomenológica. Ela seria um caminho para retorno à ontologia e a investigação do problema do esquecimento do ser.

Fenomenologia da Percepção (1945) – Maurice Merleau-Ponty

É o trabalho fundamental na trajetória intelectual de Merleau-Ponty, em que propõe uma “reforma do entendimento”. Esclarece também o itinerário de Merleau-Ponty no futuro, tanto na perspectiva da reflexão política, como na perspectiva da sua reflexão filosófica desde o final dos anos cinqüenta.

Nesse projeto há uma preparação de uma ontologia, a qual ficou inacabada em função de sua morte precoce. A obra é dividida em 15 seções, com destaque para a problematização da questão do corpo como fenômeno.

Platão e Europa (1973) – Jan Patočka

A descoberta fundamental de Patočka é a sua teoria da asubjetividade como condição de aparição do ser.percebido. Nessa obra o problema está centrado na alma, como pré-metafísica da Europa. Através dela, chega-se a uma “pneumatofenomenologia”.

O platonismo é o canal para pensar o problema da substancialização, e através dele revisitar as teorias de Husserl, na busca por uma nova compreensão do “ego” como movimento da alma e da história.

Quem influenciou

Filosofia: Max Scheler (1874-1928):

Filósofo alemão, influenciado pela fenomenologia na sua teoria do ser-valor que precede a percepção.

Sua obra mais famosa é O formalismo na ética e a ética material dos valores (1913-1916).

Hannah Arendt (1906-1975):

Filósofa norte-americana, de origem judaica. Autora de livros consagrados em política, também foi leitora atenta dos fenomenólogos. Uma contribuição notável para o pensamento liberal é a sua obra Sobre a revolução (1963).

Gaston Bachelard (1884-1962):

Filósofo e poeta francês, dedicado ao problema do saber e do objeto científicos. Autor de A Formação do espírito científico (1938).

Dietrich von Hildebrand (1889-1977): Teólogo italiano, estudioso da fenomenologia, articulando-a à religião. Suas duas obras mais destacadas são Metafísica da comunidade (1930) e Atitudes éticas fundamentais (1933).

Emmanuel Levinas (1906-1995): Nasceu na Lituânia e é um dos grandes debatedores com a fenomenologia. Sua filosofia prima pelo problema na ética. Algumas de suas obras principais são: O tempo e o outro (1947), e Totalidade e infinito: ensaio sobre a exterioridade (1961).

Edith Stein (1891-1942): Filósofa alemã, judia, e que se converteu ao catolicismo. Notável estudiosa, trabalhou com Martin Heidegger em Friburgo. Entre as suas obras mais importantes está: Ser finito e ser eterno (1921), uma espécie de nova ontologia, síntese de filosofia e mística.

Paul Ricoeur (1913-2005): Filósofo francês, Ricouer foi um dos principais contrbuintes para o problema da hermenêutica na filosofia. Sua obra célebre é: O conflito das interpretações: ensaios de hermenêutica(1969).

Outras áreas do conhecimento:

Alfred Schültz (1899-1959): sociólogo e filófoso responsável pelo desenvolvimento de uma ciência social baseada na fenomenologia. Seu trabalho apontou os pressupostos sociais subjacentes à vida cotidiana, os quais influenciam imensamente a criação da realidade social através de símbolos e ações humanas. Seus livros e pesquisasa formam a base da etnometodologia, a qual estuda o senso comum e as estruturas das interações sociais.

Karl Jaspers (1883-1969): em 1909, Jaspers passou a trabalhar na clínica psiquiátrica da Universidade de Heidelberg. Ficou lá por seis anos. O filósofo alemão foi um dos primeiros a incorporar os métodos fenomenológicos à psiquiatria.

Em seus trabalhos, ele passou a investigar e descrever os fenômenos como uma experiência consciente e desvinculada das teorias baseadas em explicações causais. Após essa pesquisa, Jaspers se tornou uma figura renomada no desenvolvimento de novas técnicas psiquiátricas.

Gestalt: para essa prática, os fenômenos psicológicos são configurações, isto é, totalidades organizadas, indivisíveis e articuladas. Nesse método de viés humanístico, a experiência humana é vista de forma holística, ou seja, o processo de significação das coisas ocorre por meio de associação.

Literatura e outras artes:

Roman Ingarden (1893-1970): Filósofo e teórico literário polonês, considerado o pai da “estética de recepção”. Duas obras se destacam: A obra de arte literária (1931) e A comprehensión da obra de arte literária (1968).

Miguel de Unamuno (1864-1936): Filósofo, escritor e poeta espanhol. Pertence à “Geração de 98” da literatura espanhola. Obras: Paz na guerra (1897), Rosário de sonetos líricos (1911), Do sentimento trágico da vida (1913) e A agonia do cristianismo (1925). Marcel Proust (1871-1922): Escritor francês.

A sua obra principal: Em busca do tempo perdido, foi publicada entre 1913 e 1927, é uma reflexão minuciosa sobre a experiência do tempo, influenciada não só por Henri-Louis Bergson (1859-1941), mas também pela fenomenologia.

Fernando Pessoa (1888-1935): Grande expoente da literatura de língua portuguesa. Em um de seus pseudônimos, Alberto Caeiro, a influência da fenomenologia é citada.

Carlos Drummond de Andrade (1902-1987): Um dos maiores escritores brasileiros, seus poema são marcados por uma descoberta do mundo que lembra muito a perspectiva fenomenológica, como em A paixão medida (1980).

João Cabral de Melo Neto (1920-1999): Um dos grandes nomes da poesia brasileira, suas poesias são marcadas por uma paisagem com base fenomenológica-existencialista, como ocorre em O cão sem plumas(1950).

Antonin Artaud (1896-1946): Famoso escritor de peças de teatro, e tido como influenciado pela fenomenologia na metonímia do corpo das personagens em suas peças. Obra importante: O teatro e seu duplo (1938).

David Lynch (nascido em 1946): Reconhecido diretor norte-americano, que em seus últimos trabalhos apresenta um experimento com a meditação transcendental. Um filme desta fase é Império dos sonhos(2006). Naomi Kawase (nascida em 1969): Cineasta japonesa e notadamente conhecida por fazer seus documentários fenomenológicos sobre as personagens. Filme: A floresta dos lamentos (2007).

Fontes e inspirações

A fenomenologia encontrou suas fontes de inspiração nas filosofias do século xv111 e, sobretudo, do x1x.

Entre os personagens mais importantes para esse surgimento estão:

Johann Lambert (1728-1777): Filósofo suíço e alemão, mas de origem francesa. Também foi matemático, astrônomo e físico. A sua principal obra é Novo Organon (1764), ao tentar estabelecer um cálculo de probabilidades na relação entre a precisão do pensamento e dos conhecimentos matemáticos. No entanto, foi na parte mais original de sua obra, intitulada Fenomenologia, que Lambert discutiu o problema das aparências ilusórias, ou subjetivas, atribuindo regras para distingui-las das aparências verdadeiras (objetivas).

Em 1771, Lambert publicaria ainda uma segunda obra filosófica, Construção da Arquitetônica. Esse livro é voltado para a lógica, articulando metafísica e ciência pela construção matemática dos conceitos.

Immanuel Kant (1724-1824): Encontramos na obra do filósofo alemão uma transformação radical de como lidar com os fenômenos.

Kant considera em sua filosofia que o fenômeno é aquilo que aparece no tempo e no espaço. O fenômeno é um objeto da experiência, tem uma realidade objetiva, mas não é uma coisa em si mesma. É apenas o modo como a realidade do mundo é expressa na representação dos indivíduos. Por isso, Kant diz que a natureza é um conjunto de fenômenos, todos eles regidos por leis.

Sua filosofia é, em grande medida, voltada para compreender como a razão se relaciona com a modalidade desses objetos da natureza. Nas suas três famosas críticas — Crítica da razão pura (1781), Crítica da razão prática (1788) e Crítica do juízo (1790) —, Kant procura investigar como os fenômenos são possíveis, reais e necessários.

Georg Wilhelm Hegel (1743-1819): A filosofia hegeliana se apresenta como ciência e como história.

A Fenomenologia do espírito (1807) é sua obra mais importante, e nela Hegel procura fazer uma “experiência da consciência” no mundo.

A Hegel interessa compreender as mudanças envolvidas na relação entre sujeito e objeto. Essa transformação no tempo tem uma relação com a lógica. Em razão disso, ele acreditava que a fenomenologia poderia ser encarada como uma ciência.

As passagens pelas figuras do pensamento — consciência, consciência de si, razão, espírito e religião — são as etapas principais de uma progressão dialética que Hegel chama de “saber absoluto”. Esse movimento dialético também tem uma relação histórica na formação do espírito, que é o verdadeiro sujeito desse processo.

As etapas históricas e os saberes parciais são os fenômenos desse espírito absoluto, que tem por fim, nesse percurso, conhecer a si mesmo.

Fontes de pesquisa

http://pt.scribd.com/doc/7177836/Husserl-El-Articulo-Fenomenologia-de-La-Enciclopedia-Britanica

Husserl:

http://www.filoinfo.bem-vindo.net/filosofia/modules/articles/article.php?id=12 http://www.universalis.fr/encyclopedie/phenomenologie/ http://www.universalis.fr/encyclopedie/edmund-husserl/ http://www.universalis.fr/encyclopedie/maurice-merleau-ponty/

Etimologia:

http://www.cnrtl.fr/etymologie/ph%C3%A9nom%C3%A9nologie

Etimologia:

http://www.larousse.fr/encyclopedie/divers/ph%C3%A9nom%C3%A9nologie/79096 http://revistacult.uol.com.br/home/2010/03/fenomenologia-e-estetica/
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-294X2000000200005&lng=pt&nrm=iso

http://archives.polemia.com/article.php?id=1403

Cronologia:

Johann Lambert (1728-1777)

http://literatura.about.com/od/teorialiteraria/p/La-Fenomenologia.htm

Escolas e influencias:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Fenomenologia http://historicofilosoficas.blogspot.com.br/2009/01/fenomenologia_15.html http://www.persee.fr/web/revues/home/prescript/article/phlou_0035-3841_1954_num_52_34_4491

Geral:

http://www.europhilosophie.eu/recherche/spip.php?article556

Novo Organon (1764 Anlage zur Architectonik (1771)

Georg Wilhelm Hegel (1743-1829)

Fenomenologia do Espírito (1807)

Edmund Husserl (1859-1938)

Investigações Lógicas (1900-1901)

Ideia para uma Fenomenologia Pura (1913)

Lógica Formal e Transcendental (1929).

Maurice Merleau-Ponty (1908-1961)

Fenomenologia da Percepção (1945)

Jan Patočka (1907-1977)

Platão e Europa (1973)

Martin Heidegger (1889-1976): Ser e Tempo (1927)

Aprofundamento

O Centro de para Pesquisa Avançada em Fenomenologia (CARP) é um dos mais importantes da área no mundo. Sua página na internet possibilita entrar em contato com o que há de mais atual nos estudos fenomenológicos nos dias de hoje.

 

Página responsável pela obra de Edmund Husserl. Fica em Leuven, na Bélgica. O centro Husserl Archives Leuven foi criado em 1939, quando o professor H.L. Van Breda conseguiu retirar de Freiburg os trabalhos de Husserl, os quais corriam risco de ser destruídos pelo governo nazista alemão em razão das origens judaicas do filósofo.

 

Página do Centre d’études phénoménologiques, que fica na Bélgica. Criado em 1973 e ligado à Universidade Católica de Louvain, a instituição abriga uma central de estudos voltados para a obra de Husserl e para a fenomenologia.

 

Página da Society for Phenomenology and Existential Philosophy (Sociedade para a Filosofia Fenomenológica e Existencial), onde são promovidos debates e encontros voltados para os estudos de fenomenologia e existencialismo.

 

Página da Universidade de Stanford, nos EUA, sobre fenomenologia

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2 comentários

  1. Muito obrigado pelas informações e direcionamentos, quem se interessar por fenomenologia, tem aqui um excelente início.

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