Neste vídeo, lama Michel Rinpoche dá dicas de como meditar conforme os preceitos do budismo tibetano.
De acordo com o mestre, a meditação tibetana é um instrumento útil para nos relacionarmos com nós mesmos.
“A meditação nos ajuda a ver o momento presente, viver ele, criar o espaço para elaborar nossas emoções e criar espaço para poder encontrar soluções”, relata o lama.
A prática de meditação no budismo tibetano e nas demais vertentes pode ser benéfica ao corpo, pois entre os benefícios estão a coerência cardíaca e melhora de problemas de pressão.
Lama Michel ainda declara que para ter uma meditação fluída é preciso se atentar a postura. “O ideal é fazer de manhã, à noite e uma vez durante a tarde também, no almoço ou no metrô, por exemplo”, reforça Michel.
A meditação é o principal componente do budismo tibetano. Tem como objetivo trabalhar o desenvolvimento espiritual em direção à expansão da consciência. Isso com o objetivo de cultivar estados de paz e felicidade interior e tentar erradicar pensamentos que trazem perturbações e sofrimentos.
De acordo com a orientação do budismo theravada, há duas categorias básicas de meditação: a dhyana e a vipássana.
O primeiro estágio da modalidade theravada envolve um processo de purificação moral e intelectual.
A ideia é conseguir um afastamento dos desejos sensuais e estados metais impuros por meio da reflexão para ingressar em uma condição de satisfação e alegria.
Depois, a atividade intelectual dá lugar a um estado pleno de autosserenidade e agudez.
No terceiro estágio, as emoções desaparecem e o praticante fica indiferente a tudo.
No último, as condições de satisfação, inclinação para o bem ou mal, dor e serenidade são deixadas para trás. O meditador ingressa em um estado de suprema satisfação, indiferença e consciência.
A segunda forma, a meditação vipássana, (visão interior) requer uma intensa concentração que pode conduzir o meditador a um estado de agudez da consciência. Além da percepção da verdade salvadora de que a realidade é impermanente e repleta de sofrimento e à incompletude.
Buda ensinou que a mente é a base de tudo o que experimentamos e percebemos, como felicidade e tristeza, prazer e dor.
Segundo ele, nossas mentes têm uma natureza básica de sanidade iluminada e bondade. Porém é difícil experimentarmos esse estado de consciência por conta de emoções aflitivas.
Estas emoções são como uma espécie de neblina emocional, nos impede de enxergar nossa natureza básica iluminada.
Por isso, passamos a maior parte do tempo em busca da felicidade temporária, física e mental em fontes externas.
Durante a prática, são utilizadas técnicas que envolvem mantras, meditações em silêncio e auto-observação.
A meditação deve ser feita em um local tranquilo onde o praticante possa se sentar com as pernas cruzadas, a coluna ereta, os músculos relaxados e os olhos fechados.
A concentração e a consciência devem ser voltadas para a respiração, que deve ser feita de forma calma e profunda.
Gostou de saber mais sobre o budismo tibetano e as suas práticas de meditação? Temos certeza que a prática, bondosamente ensinada por Lama Michel Rinpoche, é uma excelente maneira de começar.
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