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Filosofia

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O monge Matthieu Ricard fala sobre altruísmo e compaixão

Nós podemos realmente nos tonar pessoas diferentes: buscar uma mudança individual e na sociedade. É uma questão de sobrevivência para nos tornar mais cooperativos e menos competitivos.
Bruno Torres
29/05/15

Matthieu Ricard é um monge budista, PhD em biologia molecular e escritor. Em seu livro, "A revolução do altruísmo" (publicado pela editora Palas Athena), ele discute a existência de uma tendência natural do ser humano a ajudar o próximo. "O objetivo do livro é mostrar que o altruísmo genuíno realmente existe e que podemos cultivá-lo e ampliá-lo. Isso pode parecer tão óbvio para nós, pois sabemos no fundo dos nossos corações que em muitas ocasiões a intenção e o objetivo é, puramente, levar bem-estar ou alegria para alguém ou aliviar algum sofrimento sem quaisquer segundas intenções ou ações em interesse próprio. Mas, ainda assim eu descobri que há muitos filósofos, pensadores, psicólogos, economistas que acreditam, firmemente, que não há nada além de egoísmo entre os seres humanos. Não importa a situação: se você observar o comportamento cuidadosamente, você vai encontrar uma motivação egoísta", explica o monge.

De acordo com Matthieu, não há qualquer traço de evidência científica que suporta essa afirmação. Ao contrário, todo o trabalho de psicólogos como Daniel Batson e muitos outros mostraram que o egoísmo existe e não duvidamos disso. Mas, junto com o egoísmo existe também a intenção genuína de beneficiar os outros – o que chamamos de preocupação empática pela situação dos outros.  

"Nós podemos realmente nos tonar pessoas diferentes. Além da mudança individual, buscar também uma mudança na sociedade e isso vem por meio da evolução da cultura. É uma questão de sobrevivência para que nos tornemos mais cooperativos, do que competitivos por conta das condições deste mundo superpopuloso", finaliza. 

Foto: Marcos Dias / Flickr: Together / CC BY-SA 2.0

Veja também:
Matthieu Ricard e a revolução do altruísmo
A origem do budismo

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