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Corpo e Pele

Os perigos do bronzeamento artificial

Proibidas no Brasil, as câmaras estão relacionadas ao desenvolvimento de melanoma e ao envelhecimento
Bruno Torres
27/09/19
Ter um corpo bronzeado é o desejo de muitas pessoas. A correria do dia a dia ou o tempo nublado, no entanto, atuam muitas vezes contra essa vontade. É aí que entram as clínicas de bronzeamento artificial, vendendo uma forma prática e segura de ficar com a cor do verão. Estudos colocam em cheque essa segurança e revelam que a técnica pode aumentar o risco de câncer de pele e estimular o envelhecimento do tecido por expor o corpo a raios ultravioletas (UV).

O melanoma é o tipo de câncer de pele mais comum em adultos de 25 a 29 anos e o segundo mais recorrente em adolescentes, segundo o Instituto Nacional do Câncer dos Estados Unidos (1). Ele atinge os melanócitos, células localizadas na epiderme responsáveis pela produção de melanina, ou seja, pela cor da pele. Seu desenvolvimento é estimulado pela exposição aos raios UV emitidos tanto pelo sol quanto pelas máquinas de bronzeamento. A quantidade de radiação produzida durante uma sessão de bronzeamento artificial é similar a de um banho de sol ou pode ser mais forte (2).

Desde 2009, quando foram consideradas cancerígenas pela Agência Internacional de Pesquisa sobre o Câncer (IARC), ligada à Organização Mundial da Saúde, o uso de máquinas de bronzeamento foi proibido no Brasil. A decisão foi tomada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) depois que a IARC revelou que as câmaras podem aumentar em 75% o risco de incidência de melanoma (3). Nosso país foi o primeiro a assumir essa postura. As câmaras não poderão mais ser utilizadas para fins estéticos, assim como ficam proibidos também importação, recebimento em doação, aluguel ou comercialização desses equipamentos.

Riscos

    • A radiação UV emitida pelas câmaras de bronzeamento pode aumentar os riscos de desenvolvimento de melanona em 75%, revelaram estudos realizados pela Universidade de Minessota, pela Agência Internacional de Pesquisa em Câncer e pelo grupo de pesquisa BMJ, três instituições norte-americanas (4) (5) (6). Além disso, os pesquisadores notaram que os riscos podem aumentar conforme a frequência das sessões e o tempo de exposição à radiação;
    • As câmaras de bronzeamento produzem dois tipos de raios UV: o ultravioleta A e o ultravioleta B. O UVB é um raio mais superficial e atinge apenas as camadas externas da pele e é o principal responsável pelas queimaduras. O UVA atinge camadas mais profundas. Segundo pesquisas, a exposição a ambos os raios pode estimular o desenvolvimento de câncer de pele (5) (7) (9) (10);
    • A exposição constante à radiação UV gerada pelas máquinas pode danificar o DNA das células epiteliais e levar ao envelhecimento precoce da pele, conforme pesquisa do Departamento de Dermatologia da Universidade de Baltimore, dos Estados Unidos (7). Outro estudo diz ainda que 58% das pessoas que frequentam as clínicas têm queimaduras por causa do longo tempo em que permanecem dentro dos equipamentos (8).

Adolescentes e jovens

O fato mais preocupante relacionado ao hábito de se bronzear artificialmente é o número de adolescentes e jovens que buscam a técnica. Segundo dados da Associação Americana de Dermatologia 70% das mulheres que vão às clínicas pela primeira vez tem de 16 a 29 anos. Além disso, 24% das adolescentes (de 13 a 19 anos) norte-americanas já recorreram a sessões de bronzeamento artificial (11). Estabelecendo agora não uma relação de causa e efeito, mas sim informativa, nos últimos 30 anos, o índice de melanoma tem aumentado exatamente nessa faixa etária, seguindo informações do mesmo relatório. A partir desse levantamento, a Associação Americana de Dermatologia realizou uma pesquisa para avaliar se as clínicas de bronzeamento ao menos informavam as clientes sobre os riscos. O resultado foi negativo: 43% dos estabelecimentos dos Estados Unidos responderam que não (12). Estima-se que uma 1 em cada 5 mulheres sofra de câncer de pele, sendo 75% dos casos compostos por melanoma (12). A instrução poderia contribuir para uma taxa menor da doença. Para quem busca tratamentos estéticos, é sempre bom buscar por informações sobre os riscos antes de iniciar qualquer programa. Para as clínicas de estética, cabe informar as clientes sobre os efeitos positivos e negativos da técnica oferecida.
Veja também: Bronzeamento e saúde Evite riscos na depilação a laser Tatuagem: apagar não é nada simples

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